Tuesday, August 21, 2007

regresso à terra das coisas indizíveis

Se de ti me aproximo
É como se o mundo não mais tivesse fim,
Como fui capaz de chegar aqui onde me perdi,
Como se abismaram todos estes precipícios?

Quando te seguro é como se agarrasse o infinito,
Se te tenho é como se aprisionasse em minhas mãos um punhado de areia...
Ao tocar-te é como se desvendasse o segredo de todo o universo,
A audaz glória de todos os tempos.

Não fosse a memória tão exiguamente pequena
Para reter todos os teus pedaços de eternidade,
Pudesse a razão ter palavras para contar esta história indizível...
Desbravar-se-iam inauditas vastidões de carinhos e afectos!

Desmoronar-se-iam todas as barreiras que nos separam...
Reduzir-se-iam à sua real insignificância as mesquinhas léguas que nos apartam!
E todos os demais se enrubesceriam na hora de entoar paixões!


nlb 01.01.06

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