Wednesday, March 17, 2010

Queria escrever-te um poema



Sabes... Queria escrever-te um poema...
Pôr em palavras tudo o que de grande sinto por ti...
Explicar a forma como me fazes estremecer.
Descrever toda a ternura e carinho que inspiras em mim.

Mas ponho-me a escrever e não há palavras bastantes...
É tudo tão mais que apenas palavras...
E fico-me por aquela simples palavra que tento dizer-te todos os dias e que representa mais que tudo...

Wednesday, March 10, 2010

Privilégio



Ter o teu corpo em minhas mãos sob este sol estonteante é um sonho feito realidade que me faz rodopiar. Não há palavras para descrever o que tal visão me faz sentir e nem sei onde posso ir buscar forças para me conter. És fantástica!

Wednesday, March 03, 2010

VNV Nation - Beloved



Já devo ter posto esta música aqui, mas ocorreu-me colocá-la de novo.

Monday, March 01, 2010

É assim que te quero amor



É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
Chegastes à minha vida
com o que trazias,
feita
de luz e pão e sombra, eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,
e os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi, que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há-de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nosso lábios,
como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro.

Pablo Neruda

Não tenhas medo do amor



Não tenhas medo do amor. Pousa a tua mão
devagar sobre o peito da terra e sente respirar
no seu seio os nomes das coisas que ali estão a
crescer: o linho e genciana; as ervilhas-de-cheiro
e as campainhas azuis; a menta perfumada para
as infusões do verão e a teia de raízes de um
pequeno loureiro que se organiza como uma rede
de veias na confusão de um corpo. A vida nunca
foi só Inverno, nunca foi só bruma e desamparo.
Se bem que chova ainda, não te importes: pousa a
tua mão devagar sobre o teu peito e ouve o clamor
da tempestade que faz ruir os muros: explode no
teu coração um amor-perfeito, será doce o seu
pólen na corola de um beijo, não tenhas medo,
hão-de pedir-to quando chegar a primavera.

Maria do Rosário Pedreira