Ai, como eu te queria toda de violetas
E flébil de cetim...
Teus dedos longos, de marfim,
Que os sombreassem jóias pretas...
E tão febril e delicada
Que não pudesses dar um passo -
Sonhando estrelas, trantornada,
Com estampas de cor no regaço...
Queria-te nua e friorenta,
Aconchegando-te em zibelinas -
Sonolenta,
Ruiva de éteres e morfinas...
Ah! que as tuas nostalgias, fossem guizos de prata -
Teus frenesis, lanjoulas;
E os ócios em que estiolas,
Luar que se desbarata...
Teus beijos, queria-os de Tule,
Transparecendo carmim -
Os teus espasmos de seda...
- Água fria e clara numa noite azul,
Água, devia ser o teu amor por mim...
Mário de Sá Carneiro
E flébil de cetim...
Teus dedos longos, de marfim,
Que os sombreassem jóias pretas...
E tão febril e delicada
Que não pudesses dar um passo -
Sonhando estrelas, trantornada,
Com estampas de cor no regaço...
Queria-te nua e friorenta,
Aconchegando-te em zibelinas -
Sonolenta,
Ruiva de éteres e morfinas...
Ah! que as tuas nostalgias, fossem guizos de prata -
Teus frenesis, lanjoulas;
E os ócios em que estiolas,
Luar que se desbarata...
Teus beijos, queria-os de Tule,
Transparecendo carmim -
Os teus espasmos de seda...
- Água fria e clara numa noite azul,
Água, devia ser o teu amor por mim...
Mário de Sá Carneiro
2 comments:
Obrigada pelo mimo
A minha namorada perguntou-me donde me vem tanta inspiração ultimamente para o que lhe escrevo. Só espero que ela não descubra este blogue!
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